O Plano de Saúde Cobre Mastopexia? Entenda! [2025]

A mastopexia, conhecida como lifting de mamas, é uma cirurgia que visa corrigir a flacidez e a ptose (queda) das mamas, reposicionando-as e, quando necessário, associando a colocação de próteses de silicone para restaurar o volume perdido.

Para muitas mulheres que passaram por uma cirurgia bariátrica ou tiveram uma perda de peso significativa, essa cirurgia não é apenas uma questão estética, mas uma necessidade para recuperar a qualidade de vida e a saúde.

O Plano de Saúde Deve Cobrir Mastopexia?

De acordo com a legislação brasileira e decisões judiciais, os planos de saúde são obrigados a cobrir procedimentos considerados necessários para a saúde do paciente.

Quando a mastopexia é indicada para corrigir problemas decorrentes de uma grande perda de peso, como após uma cirurgia bariátrica, ela é classificada como uma cirurgia reparadora, e não meramente estética.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ), ao analisar o Tema 1.069 dos recursos repetitivos, fixou a tese de que é obrigatória a cobertura de cirurgias plásticas reparadoras decorrentes de tratamento de obesidade mórbida.

Essa decisão reforça que, quando há indicação médica e a cirurgia visa tratar problemas de saúde decorrentes da perda de peso, a operadora do plano de saúde deve custear o procedimento.

Por que Quem Fez Cirurgia Bariátrica Precisa Da Mastopexia?

A mastopexia é uma cirurgia reparadora frequentemente necessária para pacientes que passaram por uma cirurgia bariátrica ou perderam muito peso por outros métodos.

O emagrecimento extremo e rápido resulta em flacidez acentuada da pele, inclusive nas mamas, causando diversos problemas físicos e emocionais.

Diferente de uma cirurgia puramente estética, que tem como objetivo melhorar a aparência sem uma necessidade médica concreta, a mastopexia pós-bariátrica visa corrigir deformidades estruturais que afetam a qualidade de vida e a saúde do paciente.

1. O Que Acontece Com o Corpo Após a Cirurgia Bariátrica?

A cirurgia bariátrica promove uma perda de peso drástica e acelerada, geralmente superior a 40% do peso corporal total em poucos meses. Esse emagrecimento provoca:

Perda da elasticidade da pele: A pele, que ficou excessivamente esticada durante anos devido à obesidade, não consegue se retrair adequadamente.

Flacidez severa: O volume das mamas diminui drasticamente, deixando um excesso de pele que pode causar ptose mamária grave (queda extrema dos seios).

Desconforto físico: Mamas extremamente flácidas podem causar dor nas costas, assaduras e até infecções devido ao acúmulo de umidade e atrito constante da pele dobrada.

Impacto psicológico: Além das questões físicas, muitas mulheres enfrentam baixa autoestima, depressão e insegurança por conta da aparência das mamas.

2. Por Que a Mastopexia Pós-Bariátrica Não É Uma Cirurgia Estética?

A mastopexia, quando indicada após uma cirurgia bariátrica, não é apenas um procedimento estético, pois visa tratar problemas funcionais e físicos resultantes da grande perda de peso.

Os principais motivos incluem:

💢 Dor e desconforto físico: O peso e o deslocamento da pele caída podem causar dores intensas nas costas e ombros.

💢 Lesões cutâneas e dermatites: O excesso de pele pode gerar atrito constante, resultando em assaduras, inflamações e infecções recorrentes na região das mamas.

💢 Dificuldade para atividades diárias: A mobilidade pode ser prejudicada, e o uso de sutiãs pode se tornar desconfortável devido ao excesso de pele.

💢 Saúde mental: Estudos mostram que a insatisfação com o corpo pós-bariátrica pode afetar a autoestima e até desencadear depressão, dificultando a adaptação ao novo peso.

Por todos esses motivos, a mastopexia pós-bariátrica é considerada uma cirurgia reparadora e não apenas estética.

Médicos especialistas e a própria jurisprudência reconhecem que esses pacientes têm direito à cobertura pelo plano de saúde, desde que haja a devida indicação médica.

Se o plano de saúde recusar a cobertura, é possível recorrer à justiça, pois há decisões favoráveis ao paciente em diversos tribunais, garantindo esse direito como um tratamento necessário e não apenas uma questão de estética.

O Que Fazer em Caso de Negativa do Plano de Saúde

Se o plano de saúde negar a cobertura da mastopexia indicada por razões médicas após uma grande perda de peso, é recomendável:

  1. Solicitar a negativa por escrito: Peça ao plano de saúde que forneça uma justificativa formal para a recusa.

  2. Obter um relatório médico detalhado: O médico assistente deve elaborar um laudo explicando a necessidade do procedimento para a saúde do paciente.

  3. Consultar um advogado especializado: Um profissional com experiência em direito à saúde pode orientar sobre os passos legais a serem seguidos.

  4. Ingressar com uma ação judicial: Com base nas jurisprudências favoráveis, é possível obter uma liminar que obrigue o plano de saúde a cobrir o procedimento.

Perguntas Frequentes

1. A mastopexia é sempre coberta pelo plano de saúde?

A cobertura da mastopexia pelo plano de saúde depende da indicação médica.

Se for comprovado que a cirurgia é necessária para corrigir problemas de saúde decorrentes de uma grande perda de peso, ela é considerada reparadora e deve ser coberta.

2. E se o plano de saúde alegar que a cirurgia é estética?

É comum que planos de saúde neguem a cobertura alegando caráter estético. No entanto, se houver indicação médica de que a cirurgia é necessária para tratar problemas de saúde, essa negativa deve ser contestada judicialmente.

3. Quais documentos são necessários para entrar com uma ação judicial?

É importante reunir:

  • Cópia do contrato do plano de saúde;

  • Negativa por escrito do plano de saúde;

  • Relatório médico detalhando a necessidade da cirurgia;

  • Exames e laudos que comprovem a condição de saúde.

Conclusão:

Neste artigo, conseguimos compreender que o Plano de saúde deve cobrir a mastopexia no caso de pacientes que alcançaram uma grande perda de peso, e possuem motivos que vão além da estética.

A mastopexia, quando indicada por razões médicas após uma perda de peso significativa, é um direito do paciente e deve ser coberta pelo plano de saúde.

Caso haja negativa, buscar orientação jurídica é o caminho para garantir esse direito e assegurar a saúde e bem-estar.

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